Durante a reunião a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos cartões de crédito, nesta terça-feira (16), o senador Ivo Cassol (Progressistas-RO) criticou os juros cobrados dos brasileiros que estão inadimplentes com o pagamento dos cartões de credito.
Cassol culpou o governo federal pela falta de coragem em regulamentar o sistema financeiro, onde segundo ele, os bancos ganham bilhões de reais sem dar uma contrapartida ao povo. “Se eu fosse o presidente da República, jamais colocaria um banqueiro para presidir o Banco Central. Isso é incompatível. Os juros cobrados do trabalhador são um verdadeiro assalto a mão armada, quem fica com esse dinheiro, são os bancos, são as empresas de cartão de crédito”, questionou.
Cassol afirmou que nem mesmo as recentes mudanças promovidas pelo ministério da Fazenda como a limitação dos juros do rotativo do cartão e o fim da obrigatoriedade do pagamento mínimo de 15% da fatura vão resolver o problema. O senador pediu que o Congresso aprove o projeto de sua autoria que define em lei o percentual máximo que poderá ser cobrado de juros no cartão.
Pela iniciativa de Cassol que já foi aprovada no ano passado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, os juros dos cartões de crédito ficariam limitados a duas vezes a taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A taxa do CDI mantém-se próxima à Selic e hoje corresponde a cerca de 8% ao ano. Assim, se o projeto fosse transformado em lei, a taxa anual de juros dos cartões de crédito ficaria limitada a 16% em 2018. Atualmente os juros chegam a mais de 200%. “ Esse projeto é muito importante, precisamos ter coragem de encarar esses banqueiros. Se queremos tirar o brasil da crise, só tem um caminho, ter dinheiro circulando e abaixar esses juros cobrados do trabalhador”, encerrou Cassol.
Fonte: Assessoria de Imprensa