Representantes do Ministério do Trabalho, donos de frigoríficos e representantes de sindicatos participaram nesta quarta-feira, 17, de uma audiência púbica na Comissão de Agricultura do Senado para discutir o projeto de Lei do Senado (PLS) 436/2012, que limita a jornada de trabalho dos empregados de frigoríficos a 6 horas diárias e a 36 horas semanais.
O senador Ivo Cassol (PP-RO), presidente da Comissão de Agricultura do Senado, fez um alerta sobre os riscos que a redução da jornada pode trazer para o próprio trabalhador e também para a sociedade. O parlamentar defendeu um modelo alternativo e disse que no âmbito da reforma trabalhista, em debate no Senado, deveria ser permitido ao trabalhador optar entre a redução da jornada, ou até mesmo a possiblidade de trabalhar por mais horas e receber um salário maior.
“Quem vai pagar essa conta da redução da jornada? Não pode ser o consumidor, o produtor, ou o pecuarista que já não aguentam mais. O que nós não podemos é restringir o horário nas empresas como querem fazer nos frigoríficos e depois essas mesmas pessoas, ganhando menos, precisam ir em busca de outro trabalho e acabam ainda mais esgotadas. O empregado precisa ter o direito de decidir se quer ou não trabalhar mais ou menos horas dentro da empresa”, explicou o senador.
A proposta ainda será votada na Comissão de Agricultura do Senado, na Comissão de Assuntos Sociais antes de ser votada pelo plenário da Casa. Se aprovado, o texto segue para a análise da Câmara dos Deputados.