A deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) se posiciona a favor da Reforma da Previdência, mas defende alterações no texto enviado pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. Entre as mudanças necessárias, segundo a deputada, estão a redução da idade para aposentadoria das agricultoras e professoras, o aumento do Benefício da Prestação Continuada (BPC) e um tratamento igualitário entre cidadãos e políticos. A parlamentar falou sobre o assunto em uma transmissão ao vivo realizada, nesta segunda-feira (29), através da rede social.
Jaqueline Cassol é totalmente contra o aumento da idade mínima de aposentadoria para professoras e trabalhadoras rurais. Pela reforma, os professores passarão a ter idade mínima de 60 anos para ambos os sexos, e o tempo de contribuição, que hoje é de 25 anos para a mulher e de 30 anos para o homem, será de 30 anos para todos. “Não é justo com essas trabalhadoras. Minha mãe trabalhou na roça, é um trabalho pesado. Da mesma forma a sala de aula, que exige muito preparo técnico e psicológico. Se não reduzir essa idade mínima de aposentadoria, meu voto será contrário”.
Outro ponto divergido pela deputada é o corte no pagamento do BPC. Atualmente, o auxílio, no valor de um salário mínimo, é pago a idosos e deficientes em situação de miserabilidade. A proposta da reforma é cortar para cerca de R$ 400 reais. “O valor pago hoje mal dá para comprar medicação, imagina com esse corte? Se o programa é para ajudar pessoas necessitadas, deveriam elevar e não reduzir o benefício”, defende a parlamentar.
Jaqueline Cassol acrescenta ainda que alguns trechos do texto estão ordenados com a paridade necessária na reforma. Ela cita como exemplo o fim da aposentadoria especial para parlamentares, que pela reforma terão que se aposentar pelo teto do INSS. “Eu defendo! Tanto que abri mão da aposentadoria da Câmara. Eu contribuo com o INSS há quinze anos, vou continuar contribuindo e me aposentar com a regra vigente para todos”, informou a deputada.
A PEC 6/2019, conhecida como Reforma da Previdência, já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e agora segue sob análise da Comissão Especial da Reforma. Após esta etapa, o texto da reforma da previdência deve seguir para apreciação do plenário da Câmara.
Assista o vídeo:
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