A Deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO), acompanhada do governador de Rondônia Coronel Marcos Rocha (PSL-RO), do Secretário de Agricultura de Rondônia Evandro Padovani, do Embaixador da Bolívia José Kinn e do empresário Cesar Cassol, se reuniu nesta quinta-feira (21) com a diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) para discutir o fortalecimento das relações comerciais entre o Brasil e a Bolívia.
A falta de portos e alfandegas bem estruturadas na fronteira, especialmente nos municípios de Guajará-Mirim e Costa Marques, tem impedido o desenvolvimento da agricultura na região.
Autoridades bolivianas sinalizaram interesse na compra de calcário, além de outros produtos brasileiros, para melhorar o solo e a produtividade das plantações daquele país, especialmente no departamento de Beni, fronteira com o estado de Rondônia. A concretização do negócio, no entanto, esbarra na logística precária de transporte. Segundo o embaixador da Bolívia, José Kinn, há seis milhões de hectares a serem desenvolvidos no país vizinho. Além disso, a construção do porto permitiria que o Brasil comprasse, a menores custos, ureia e sal da Bolívia.
A Proposta é que empresários brasileiros e bolivianos possam construir dois Terminais de uso Privado (TUP), sendo um em Guajará Mirim e um em Costa Marques para viabilizar transações comerciais entre Brasil e Bolívia.
O Governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou que a construção dos terminais, bem como a regulação das atividades portuárias, caracteriza oportunidade de desenvolvimento para o estado e para o país “Guajará Mirim tem sido esquecida ao longo dos anos, ela está quase uma cidade fantasma. Eu vejo que a gente tem grande de chance de mudar essa história”.
A Deputada federal Jaqueline Cassol acrescentou que o mesmo tem acontecido no município de Costa Marques “São dois municípios que, com a abertura dos portos, vão melhorar além da questão comercial, também o desenvolvimento como um todo. Tanto no lado do Brasil, quanto no lado da Bolívia”.
O Secretário de agricultura de Rondônia, Evandro Padovani destacou que a amizade e relação comercial entre os dois países progrediu muito nos últimos anos e é positiva para todos. “As tratativas com o país hermano, como nós chamamos, avançou muito, mas nós precisamos fazer a regulamentação e isso cabe ao governo federal. Nós precisamos ter prioridade pra reduzir custos pro nosso produtor.”
O Diretor-geral da ANTAQ, Mario Povia, se mostrou sensível e positivo com relação aos pleitos. Na próxima semana nova reunião será realizada, na Receita Federal, em Brasília, para discutir a regulamentação aduaneira dos TUPs.